sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sou...

Se me perguntares o que sou
Dir-te-ei com toda a certeza
Que realmente não sei o que sou
Se sou riso, se sou vontade ou tristeza

Sou metade do que me fazem,
Estou longe de ser o que me acham
Sou até o que não esperam.

Sou água, sou chuva, sou vento
Sou o pão de que me alimento
Sou até mais do que não sei.

Sou jasmim, sou o cheiro da terra
Sou a rosa com espinhos
Erva daninha no meio dos bem-me-quer.

Sou o vermelho, até o verde
Até poderei ser o arco-íris
Ou então não sou cor nenhuma.

Sou um reflexo de nada
Sou a sombra de tudo
Sou o Cego, sou o mudo
sou o que vê e cala!

Sou para uns, exemplo
Para outros, pedra no sapato
Para muito desejo insano!

Sou o rumo a seguir,
Sou caminho a não percorrer
Sou estrada onde se perder.

Sou como o mar revolto,
Posso até ser a lagoa mais doce
Mas sou sempre peixe de escama.

Sou canela, sou pimenta
Sou velha, nova, sempre rebelde
Baunilla, chocolate e menta
Sou negra de pele branca.

Sou animal selvagem,
Sou eu, sou tu, sou toda a gente
Chego até a não ser ninguém

Sou forte, sou fraca, sou frágil
Perigosa, medrosa ou ágil
Seja o que for, sou algo de certeza.

Sou vagabunda no meu reino,
sou rainha no teu mundo,
sou apenas alguém no espaço.

Não sou escrava, nem demente
Sou de algo dependente
Sou bicho em forma de gente.

Sou feliz por detrás duma lágrima,
Infeliz no brilho dum sorriso,
Sou uma teoria dos contrários
Sou uma fonte de riso.

Sou louca, sou de todo o ser
Mas sendo o que o quiser
Sou inteiramente tua!
Nokinhas

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