Trancada no meu pequeno mundo, deixei muita coisa lá fora... Fechei a porta sem pensar que iria precisar de mudar algo. Deixei cá dentro as saudades e recordações e não deixo entrar as coisas novas do mundo lá fora, as oportunidades que a vida me daria todos os dias. Deixei mágoas e rancores contra mim própria que aos poucos me consomem e não deixo entrar perdões e abraços que as fariam desaparecer sem ferida.
Fechei a porta às cores, às luzes, aos cheiros e escondo-me num escuro do negro da noite sem lua. Estou trancada no meu buraco de lama onde me cubro tentando apenas esconder-me de mim...esquecer-me do que sou e fui. Esquecer-me apenas! Não deixo entrar amigos, sonhos, brincadeiras. Não há espaço para mais ninguém.
Aqui não há nada aqui, só eu e as minhas ilusões do que fui... Imagens de mim que moldo da terra do chão e destruo sem motivo ou razão...Imagens que iludem do que não sou. Têm meu rosto mas não sou eu... Não sou feita de lama mas tomo-lhe a cor, a cor que me cobre e me seca a pele já fraca de não deixar entrar o ar, o sol, a água...de não deixar entrar a vida!
Luto contra as paredes que construí em volta daquilo que acho ser o meu lugar, paredes fortes que não deixam entrar os outros mas que também não me deixam sair... afastando-me do mundo aos poucos por minha própria vontade.
Aqui não há músicas ou melodias, só gritos mudos e silêncios que me embalam num ritmo inexistente onde segue o meu dia...aqui não há gosto, não há sabores nem paladares. Lá fora ouço sorrisos, gargalhadas de alegria que me ferem como facas... Ouço os rios correndo em direcção ao mar, os pássaros e os animais na floresta. Tenho vontade de sair, mas o medo me consome...será que não volto a ser mais uma vez a mágoa de alguém, a desilusão que faz chorar...a revolta?
Estou de portas trancadas, fechada no meu mundo esperando que um dia apareças...destruindo fortalezas e muros que construí entre nós, e num abraço faças meu coração bater de novo...Sabes que sozinha não consigo, sozinha não o mereço, sozinha e sem ti...não sei!
By Nokinhas...num momento de desabafo
Fechei a porta às cores, às luzes, aos cheiros e escondo-me num escuro do negro da noite sem lua. Estou trancada no meu buraco de lama onde me cubro tentando apenas esconder-me de mim...esquecer-me do que sou e fui. Esquecer-me apenas! Não deixo entrar amigos, sonhos, brincadeiras. Não há espaço para mais ninguém.
Aqui não há nada aqui, só eu e as minhas ilusões do que fui... Imagens de mim que moldo da terra do chão e destruo sem motivo ou razão...Imagens que iludem do que não sou. Têm meu rosto mas não sou eu... Não sou feita de lama mas tomo-lhe a cor, a cor que me cobre e me seca a pele já fraca de não deixar entrar o ar, o sol, a água...de não deixar entrar a vida!
Luto contra as paredes que construí em volta daquilo que acho ser o meu lugar, paredes fortes que não deixam entrar os outros mas que também não me deixam sair... afastando-me do mundo aos poucos por minha própria vontade.
Aqui não há músicas ou melodias, só gritos mudos e silêncios que me embalam num ritmo inexistente onde segue o meu dia...aqui não há gosto, não há sabores nem paladares. Lá fora ouço sorrisos, gargalhadas de alegria que me ferem como facas... Ouço os rios correndo em direcção ao mar, os pássaros e os animais na floresta. Tenho vontade de sair, mas o medo me consome...será que não volto a ser mais uma vez a mágoa de alguém, a desilusão que faz chorar...a revolta?
Estou de portas trancadas, fechada no meu mundo esperando que um dia apareças...destruindo fortalezas e muros que construí entre nós, e num abraço faças meu coração bater de novo...Sabes que sozinha não consigo, sozinha não o mereço, sozinha e sem ti...não sei!
By Nokinhas...num momento de desabafo
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