quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Amando um Desconhecido

Contigo veio a dúvida, a descrença e a emoção de amar um desconhecido.

Trazes no teu jeito um gingar que me balança e me rouba o chão que pensei pisar firme, vens cheio de manias e intolerâncias que me revoltam mas eu gosto. Luto contra o Eu que desconhecia, contra as emoções e sentimentos que pensei não ter mais…não te tinha nos meus planos, que tão previamente estipulei a mim mesma, não deixando que existisse espaço para um novo sentimento, uma nova desilusão, para um novo eu…

Surges tu, estranho desconhecido, quando menos esperava e abriste todas a portas e eu não tentei fugir. Dei voltas e voltas, e tu sem ceder. Sem conversas, sem jeitos meigos…chegas pronto a marcar o teu lugar no meu espaço, deixar o teu cheiro no meu tempo, a tua presença na minha história e recusas partir.

Este místico sentimento que nos envolve, onde sabemos quem somos quando nossos corpos se unem mas se desvanece na partida. Ligados pela magia de breve momentos que parecem eternos...como se já tivessem sido vividos e usassem nossa vida para continuar seu caminho. Como se o nosso passado fosse o nosso futuro, como unir o que não devia ter sido separado.

E assim continuamos amando o que desconhecemos, descobrindo todos os dias que não nos conhecemos nada do que gostamos um no outro, criando ilusões de quem pode ser aquele cujo beijo nos prende e a saudade vêm apertada. A falta que já doi e ser que já procuramos do nosso lado. Fazendo assim, que sigamos...Amando um desconhecido!

Sem comentários: